NOTA DE REPÚDIO
O Presidente da ANACRIM – Associação Nacional da Advocacia Criminal vem manifestar o profundo repúdio da associação e seus membros, relativamente ao episódio ocorrido na Comunidade Paraisópolis, em São Paulo, que ceifou, de forma covarde, cruel e violenta a vida de 09 jovens.
A Polícia Civil de São Paulo e todas as autoridades de segurança pública devem uma resposta séria, rápida e efetiva à sociedade.
Como de costume, jovens negros, pobres e de periferia são a clientela preferencial do arbítrio e da violência estatal.
Não ficaremos em silêncio ou indiferentes a mais um massacre contra pessoas que são criminalizadas por sua condição social ou pelo tom de pele.
Fosse esse extermínio praticado em um salão de festas das mansões do Morumbi, ou em um show de rock da elite, o país estaria parado neste momento, já que até mesmo a indignação da sociedade tende a ser seletiva.
Vidas negras importam!
Não se pode aceitar, passivamente, a versão em que “policiais ingressaram na comunidade, em perseguição, portando balas de borracha”. Isso não é crível aos olhos de ninguém.
A ANACRIM estará vigilante, vez que seus membros, enquanto defensores da Constituição Federal, do estado democrático e de princípios como a dignidade da pessoa humana, estão consternados com mais essa chacina estatal.
Por ora, levamos o nosso apoio e condolências aos parentes e amigos daqueles jovens, que ao se divertirem, incorriam em dois dos mais “imperdoáveis estigmas” da hipocrisia social brasileira, eles eram negros e pobres.
Rio de Janeiro, 03 de dezembro de 2019.
James Walker Júnior
ANACRIM
Presidente
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